quarta-feira, 30 de novembro de 2016
terça-feira, 22 de novembro de 2016
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
TÃO LOGO - Espetáculo de DOUGLAS CHAVES em comemoração aos 10 ANOS da Companhia Teatral CORPO SANTO
Como
você seria daqui dez ANOS? Como estaria sua vida? Difícil saber?
Então faça o exercício oposto: imagine-se dez anos atrás. Como
era você? O que mudou na sua personalidade de lá pra cá? Mais
fácil ou mais difícil agora?
Bem,
fácil ou difícil lembrar-imaginar-projetar, o fato é que nada é
fácil ou vem 'mastigado' para vocês espectadores no espetáculo
“TÃO LOGO” de DOUGLAS CHAVES que marca os dez anos da Companhia
de Teatro CORPO SANTO, que tem montado nesta última década
trabalhos sempre instigantes e incomuns.
Desta
vez, Douglas se aventura em uma dramaturgia densa, sólida, pensada
milimetricamente (como aliás tudo que Chaves faz usualmente),
deixando uma aparente ambientação caótica (mas só aparentemente)
neste seu exercício de “E SE?”... O espectador será jogado num
torvelinho de metalinguagem, partindo do ponto inicial de uma festa,
um reencontro que pretende fazer a ponte para um hiato de uma década
entre os personagens.
Sou
MUITO suspeito para fazer tal relato-resenha de “Tão Logo”.
Afinal, acompanho o trabalho da Cia Corpo Santo há muitos anos. Por
ser parceiro de ELAINE ÁVILA CRUZ há mais tempo ainda, tenho tido o
privilégio de estar com eles & compartilhar de suas alegrias &
vicissitudes, como quando aplaudidos em cena aberta em apresentação
única de um Festival de Teatro (na cidade de Vinhedo) e muitas
ocasiões mais …
Por
esta razão, me forcei a um exercício estético: criar não só uma
resenha – ou 'crítica' (termo que detesto por todo o ranço
formalista babaca que carrega) – do ponto de vista do analista de
Teatro, como também um texto do ponto de vista do espectador na
plateia que NUNCA tivesse visto a Cia Corpo Santo atuar. Abaixo, o(s)
resultado(s). Espero que entretenham vocês leitores tanto quanto o
fez ao escriba aqui …
TÃO LOGO – Resenha do
crítico de Teatro
Qual
não foi o meu prazer (até certa ansiedade, não nego, devo
confessar) ao me sentar à uma cadeira naquele fim de tarde no CIS
Guanabara (espaço que tem abrigado grandes apresentações de teatro
nestes últimos anos, de cultura popular a Gogol, de Tchekov à
vanguarda teatral do século XXI, como o dramaturgo-diretor-ator
DOUGLAS CHAVES) para presenciar (não, vivenciar é certamente
palavra mais apropriada) um exercício hipotético girando em torno
do NÓS – todos nós & mais especificamente os atores da Cia
CORPO SANTO – e o seguinte questionamento: “ONDE e COMO estaremos
daqui a dez anos?”;”E SE sua vida não tivesse sido-fôr-será
exatamente como imaginara/quisera?” …
Então,
o início de uma festa para comemoração-reencontro de uma trupe
Teatral (justamente a própria Corpo Santo em questão) serve de pano
de fundo para nossa viagem na realidade imaginada, com Douglas Chaves
(também atuando neste espetáculo) como espinha dorsal &
amálgama de todos os acontecimentos que se seguirão.
O
que Chaves faz é meio que confrontar o passado com toda a euforia e
nostalgia que carrega (para o bem & para o mal) com a realidade
perene do AGORA. O
presente sempre se mostra mais implacável e duro. É realidade
versus utopia. E como bem se sabe, desde que Thomas More a idealizou,
toda utopia é ingênua & irrealizável.
Vamos
sendo apresentados aos personagens – 'characters' SIM, porém mais
para versões sombrias & não tão bem delineadas deles mesmos –
os thespians extraordinários da Cia Corpo Santo um a um, que se (re)conhecem (& se estranham na mesma medida) conforme chegam
informalmente para a celebração. É muito saboroso, divertido,
bizarro & angustiante o desenrolar da história principalmente
para alguém como EU que conhece razoavelmente bem todos aqueles que
ali atuam e suas personas.
Primeiro porque trata-se de um espetáculo
cheio de metáforas, metalinguagem e principalmente quebras, que
fazem o espectador questionar-se se o que está diante de seus olhos
é , pode ser ou ter sido real ou apenas invenção. A todo momento
te põe na beira do assento para te devolver a calma (ou te pôr mais
angustiado ainda) até o momento questionador-questionável seguinte.
Segundo, porque o questionamento vem exatamente do fato das personalidades deles todos serem um tanto opostas ao que “Tão
Logo” nos mostra. É como se dez anos tivessem trazido tudo neles
de mais inseguro à tona.
Douglas
investiu pesado na dramaturgia desta vez. O que temos de seus
espetáculos intimistas, subjetivos, 'navalha na carne'
Genet/Dolanianos, é um trabalho meticulosamente pensado &
construído, da música (sempre brilhante e parecendo ter sido
composta especificamente para as cenas) ao figurino/vestuário
primorosos (outro ponto alto, escolhido com perfeição, trazendo
formalismo, suposta maturidade e também como um luto velado, a não
ser no personagem mais 'desgraçado' deste futuro idealizado, que
parece carregar no branco que traja um farol de esperança), incômodo
sim às vezes, longo por outras, que se permite silêncios profundos
(uma marca da criação de Chaves) para pôr à mesa & discutir
uma série de questões pertinentes a qualquer ser humano: quem sômos
realmente? No que nos tornaremos em anos futuros? Quais serão nossos
questionamentos/valores? O que é o TEATRO afinal?
Muitas destas
perguntas serão respondidas (ou não) conforme JEFFERSON LEARDINI,
LUÍS BINOTTI, WAL BUARQUE, ELAINE ÁVILA, o próprio DOUGLAS &
com a adição muito bem vinda de PALOMA DUARTE (excelente em uma
personagem bastante peculiar) forem chegando e apresentando-se –
sem mencionar uma série de surpresas que Douglas preparou para a
plateia (mas que assim ficarão, como boas surpresas que são,
ocultas até que vá assistir & presenciar com seus próprios sentidos) ...
É
no texto precioso de Chaves que sentiremos a crueldade do real em
oposição ao idealizado. E a pungente poesia desta forma de ARTE
essencial. Frases preciosas como “as pegadas brancas do breu da
bailarina no assoalho”, “isto não é Física Quântica, é
TEATRO”, “parece que fômos amaldiçoados ao nascer pela Bruxa do
Teatro” estabelecem um tom onírico. Atores são 'fingidores',
mentirosos habilidosos por natureza. Portanto, cuidado com a pretensa
exibição da 'personalidade' dos Atores em cena pois em “Tão
Logo”, talvez NADA seja o que pareça ser; mas ao mesmo tempo, da
simulação de um futuro desolador pode eclodir a verdade das
ATRIZES, ATORES, dos SERES HUMANOS!
TÃO
LOGO me emociona e mexe comigo muito mais que NÓS - espetáculo com
paralelos inegáveis com o de Chaves. Mas com todo devido respeito ao
Grupo Galpão, idealizado-criado muito antes sequer da peça deles
ter debutado (& EU sou testemunha, já que acompanhei todo o
processo de criação de Chaves inclusive com o elenco & seu
provocador mor ADOLFO BARRETO).
NÓS
mira mais o macrocosmo – o coletivo, o social, por assim escrever.
Válido & necessário. Porém, eu como bom Anarquista creio que
só se muda o entorno se mudares a SI mesmo primeiro. Portanto,
pessoalmente, acredito mais no microcosmo.
&
não pensem que “Le temp detruit tout” no futuro hipotético
imaginado por ele. DOUGLAS CHAVES nos brinda exatamente com o que há
de mais profundo & complexo no ser humano – A ALMA. Não é
apenas fumaça & espelhos, anilina & mel ... Há espaço para
o belo e a compaixão na mesma medida. Um dos Espetáculos essenciais
do ano de 2016. Prestigie (principalmente se está na cidade de
Campinas).
“ TÃO
LOGO “ é TEATRO em estado PURO.
Parabéns Douglas Chaves &
Companhia Corpo Santo. SAÚDE, e um brinde a DEZ ANOS mais!
Leonardo
Mattar Monteiro
TÃO LOGO –
Análise do Espectador
Cheguei
ao CIS Guanabara esperando encontrar um espaço convencional de
apresentações, uma sala, um palco... Qual não foi minha surpresa
ao me deparar com cadeiras ao fundo do local, em meio à grama, com
uma mesa montada como que para um happening.
De
repente, tudo começa, os atores vão chegando e saindo de cena num
ritmo frenético e caótico, que remete ao que é a própria vida no
dia a dia. Eles se sentam à mesa, começam a beber, parecem
embriagar-se, mas aí você olha as garrafas, nota e pensa: “Eles
estão bebendo água”. Então, o quanto de real e o quanto de 'faz
de conta' tem ali? Há quebras de cena e raciocínio que te fazem
lembrar, é teatro o tempo todo, né …
Fiquei
impressionado com as performances. Todos os atores bastante
profundos, mergulhados em suas personagens (personagens ou será que
aquilo tudo é uma exarcebação de suas próprias personalidades? A
peça brinca tanto com estas possibilidades que confesso que me pôs em
dúvida). Uma intensidade de interpretação que mexe
com a gente e faz pensar. Muito forte. E como se não bastasse, há
toda uma interação com o público, quando menos esperamos tem algo
ou alguém interferindo em tudo …
É
mencionado o tempo todo por um dos atores (que me disseram ser também
diretor e escritor deste trabalho, incrível!) e ao final - que fico
contente, não termina em um tom 'pra baixo', já que todo o
transcorrer leva-nos a pensar em vários finais horríveis e
possíveis para a trama – acho que é isso mesmo: “Tão Logo” é
um Espetáculo sobre cada um de NÓS. Este é um trabalho essencial a
que todos deveriam assistir. Saio da experiência (que no começo, me
pareceu longa, como um dia ruim, ou aquela festa que ganha um tom
desagradável, sabe? Até entender que certamente esta foi a intenção
do diretor, de nos levar por caminhos angustiantes, com idas e
vindas) movido, comovido e renovado.
Assisti “Nós” em São Paulo
, espetáculo que guarda semelhanças com este aqui, mas confesso:
“Tão Logo” calou muito mais fundo em minha alma.
Uma
jornada de auto conhecimento.
Elenco: Douglas Chaves, Elaine Ávila, Jefferson Leardini, Luis Binotti e Wal Buarque
Participação: Paloma Duarte
Dramaturgia e Direção: Douglas Chaves
Provocações: Adolfo Barreto
Sonoplastia: Douglas Chaves
Operação de Som e Luz: Diego Consoline
Edição de Vídeo: Bruno Cardoso
Captação de Imagens: Adolfo Barreto
Produção: Cia. Corpo Santo
Apoio: CIS Guanabara
"Tão Logo - uma peça de teatro para finais de tarde"
Em cartaz no Espaço CIS
Guanabara
(local de atuação da Companhia Corpo Santo desde 2013)
Datas:
12, 13, 19 & 20/11 – 18h
Ingressos: No chapéu
(o público decide quanto deverá pagar pela experiência)
Lotação: 40 lugares (reservas)
Local: CIS Guanabara – Rua Mário Siqueira, 829 – Botafogo – Campinas
(Atrás da Unimed da Barão de Itapura)
Telefone : 3233- 7801
Contatos: ciacorposanto@gmail.com
Facebook: Cia. Corpo Santo
Twitter: @CiaCorpoSanto
@DougChaves
@LaineAvilaCruz
@JeLeardini
@WalBuarque
@LuisBinotti
@PalomaFQ
DOUGLAS CHAVES
LUÍS BINOTTI
JEFFERSON LEARDINI
PALOMA DUARTE
Luz & Som
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
terça-feira, 1 de novembro de 2016
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